O escritor português José Saramago morreu aos 87 anos em sua casa em Lanzarote, nas Ilhas Canárias, nesta sexta-feira (18). A informação foi divulgada pela família do escritor de "Ensaio sobre a cegueira" e confirmada em seu site oficial.
Fonte: G1
NOTA DO BLOG: Saramago fazia questão em dizer que era ateu. Chamava Deus de "uma pessoa ruim". Dizia que a Bíblia é um "manual dos maus costumes".
Ele simplesmente não aceitava a simplicidade do amor divino, que cura todas as feridas e dá sentido à vida. Se firmava no nada para apedrejar o céu e tudo que lhe parecia tenebroso. Era a cegueira, sobre a qual ele escreveu...
Cegos, obstinados em seu intelecto hesitam em prostrar diante do que lhes parece irracional: colocar a fé no único Deus e Senhor, Criador e sustentador do Universo, que requer submissão, abandono do egoísmo, a percepção ou, simplesmente, o olhar de criança. O imaginário "pós-moderno, relativista, plural, tolerante, ecumênico", não pode tapar o vazio do coração humano, que sempre clamará pela comunhão com Deus.
Eu até entendo Saramago. É tarefa árdua a orgulhosos, ignorantes da verdade absoluta, romper a cegueira espiritual. Os ricos em força física, ricos material ou intelectualmente não percebem sua miséria. A vida sem sentido mantida em bases frágeis, baseada em livros e toda uma racionalização ateísta, não pode trazer a satisfação total. "Por aquele tempo, exclamou Jesus: Graças te dou, ó Pai, Senhor do céu e da terra, porque ocultaste estas coisas aos sábios e instruídos e as revelaste aos pequeninos." (Mateus 11:25).
Tanto conhecimento sem a sabedoria divina correspondente tem levado as pessoas a se perder no vazio que constroem.
A cegueira de Saramago persistiu até a sua morte, sem lhe deixar ver a sua miséria espiritual.
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