Estava eu assistindo um noticiário hoje, quando vi uma matéria mostrando a parada gay em São Paulo. Cerca de 3 milhões de pessoas comparecem à Avenida Paulista para celebrar o lema "Vote Contra a Homofobia e Defenda a Cidadania!"

Logicamente eu não concordei com o propósito nem com o lema do evento.

Quando os gays dizem "votar contra a homofobia", se referem a um projeto extremamente polêmico que tramita no Senado Federal (Projeto de Lei nº 122, de 2006), que pode significar, caso aprovado, uma afronta aos direitos individuais constantes do art. 5º da Constituição Federal (Direitos e Deveres Fundamentais).

O Projeto de Lei, aliás, contra o qual me oponho frontalmente, tem por objetivo criminalizar a discriminação contra os homossexuais, e chama de DOENTES os que assim procederem. Sim, pois o termo "homofobia" é uma doença. Isso mesmo! É mais uma "fobia", assim como a claustrofobia, a acrofobia etc.

O projeto, da forma como vem sendo conduzido, coloca os homossexuais como seres superiores, isentos de oposição moral, ética, filosófica e mesmo científica e se mascara como instrumento de defesa da igualdade, mas que, na realidade, significa uma violação às leis vigentes, às tradições e à família!

Ora, eu pergunto logo se os homossexuais são sobrelevados a cidadãos com mais direitos civis referendados pelo Estado? Como diz o pastor Silas Malafaia, "querem ser os homossexuais uma casta privilegiada?"

Em que patamar ficarão os padres, pastores, sacerdotes, bispos, monges, as comunidades católicas, evangélicas, judaicas etc., proibidas de levar a palavra de Deus, que qualifica o homossexualismo como um ato contra a natureza de Deus, uma aberração? A Bíblia, o Alcorão etc., os livros sagrados de diversas confissões religiosas contêm passagens muito claras a respeito do homossexualismo. Ao ensiná-los, ficaríamos sujeitos à pena de prisão, já que o projeto as consideraria como incitação ao ódio!

Na minha bíblia eu li a passagem sobre Sodoma e Gomorra: seremos obrigados a não dar a nossos filhos orientação sexual conforme nossa própria filosofia de vida?

Veja bem: ao tratar de forma diferenciada os homossexuais, o projeto discrimina outros grupos. Por que, por exemplo, não se concederia o mesmo tratamento aos índios? Aos negros? Aos portadores de necessidades especiais? Aos afrodescendentes? Ao criminalizar quem reprime um "ato afetivo homossexual" em público, o projeto impede que qualquer cidadão que presencie a troca de afetos entre homossexuais no interior de uma igreja, por exemplo, ou de algum templo de outra religião, possa solicitar-lhes que procurem local mais reservado para suas sem-vergonhices. Quem assim proceder, ficará sujeito às penas da lei, por atitude discriminatória contra o homossexualismo. Isso mesmo! Pena de reclusão de um a três anos, acrescida de multa, para “aquele que impedir ou restringir a expressão e a manifestação de afetividade em locais públicos ou privados abertos ao publico de pessoas com características previstas no art. 1º desta lei, sendo estas expressões e manifestações permitidas às demais pessoas”.

É explícita a discriminação com o restante da sociedade!

Já se vê que a linha adotada viola os direitos à igualdade, à livre manifestação do pensamento e à inviolabilidade da liberdade de consciência, como prevê o artigo 5º da Constituição.

Eu não discuto a opção sexual de quem quer que seja! Podem viver da maneira que quiser. O que eu não concordo é com o texto do PL 122/2006, cuja redação nega aos cristãos o direito à livre expressão.

Assim como os homossexuais, as diferentes ideologias religiosas merecem o devido respeito em suas crenças.

A sociedade e as igrejas não são homofóbicas, mas os cristãos querem preservar o seu direito de poder dizer que o homossexualismo é pecado, sem que, por isso, possam vir a ser indiciados criminalmente, e presos!