Ontem à noite eu assisti o primeiro debate do 2º turno das eleições presidenciais. Sinceramente, não gostei. Não gostei porque não vi praticamente nenhuma idéia nova, ou seja, o debate de idéias foi pobre. Rico foi em acusações.
Mas o que ficou evidente, desde o início, foi a preocupação dos candidatos, principalmente Dilma Rousseff, em tratar de um tema bastante pertinente para o momento: a descriminalização do aborto.
Convicta de que suas pretensões e certezas de uma eleição no 1º turno não se confirmaram devido a grande perda de votos no seguimento religioso, Dilma Rousseff saiu em marcha forte tentando "desmistificar" as suas convicções "antigas". Disse que era covardia a campanha negativa que fizeram contra ela, atribuindo-a o rótulo de "favorável ao aborto".
Ora, a candidata certamente acha que o povo é imbecil. Era muito mais fácil ela chegar no debate, diante do Brasil, e dissesse que realmente é a favor do aborto, mas devido ao grande movimento da sociedade em contrário a isso, vai rever os seus conceitos, aceitando a opinião popular e se compromete em não tentar mudar a legislação atual, nem o seu partido...Mas dizer uma coisa antes e agora diante do Brasil dizer que não disse é muito pior.
Recentemente, conversando com um amigo, ele me indaga:
- mas você acha certo que a campanha eleitoral se baseie somente nesse tema?
Eu lhe respondi:
- você não acha importante? Se um governo não respeita a vida vai respeitar o que? Ou seja "ama a humanidade, detesta seu semelhante", como disse Edmund Burke, o crítico da Revolução Francesa.
Mas o que ficou evidente, desde o início, foi a preocupação dos candidatos, principalmente Dilma Rousseff, em tratar de um tema bastante pertinente para o momento: a descriminalização do aborto.
Convicta de que suas pretensões e certezas de uma eleição no 1º turno não se confirmaram devido a grande perda de votos no seguimento religioso, Dilma Rousseff saiu em marcha forte tentando "desmistificar" as suas convicções "antigas". Disse que era covardia a campanha negativa que fizeram contra ela, atribuindo-a o rótulo de "favorável ao aborto".
Ora, a candidata certamente acha que o povo é imbecil. Era muito mais fácil ela chegar no debate, diante do Brasil, e dissesse que realmente é a favor do aborto, mas devido ao grande movimento da sociedade em contrário a isso, vai rever os seus conceitos, aceitando a opinião popular e se compromete em não tentar mudar a legislação atual, nem o seu partido...Mas dizer uma coisa antes e agora diante do Brasil dizer que não disse é muito pior.
Recentemente, conversando com um amigo, ele me indaga:
- mas você acha certo que a campanha eleitoral se baseie somente nesse tema?
Eu lhe respondi:
- você não acha importante? Se um governo não respeita a vida vai respeitar o que? Ou seja "ama a humanidade, detesta seu semelhante", como disse Edmund Burke, o crítico da Revolução Francesa.
Jander,
Você deve ter acompanhado a 'campanha puritana' que são Bush Filho fez e conseguiu vencer a eleição nos EUA... A cena se repete por aqui nas terras tupiniquins, ou será mera coincidência?
Vamos deixar a bestialidade de lado, e perceber que querer transformar o debate de uma campanha eleitoral em plebiscito sobre o aborto, é nó mínimo admitir escassez de idéias para a condução desse País.
Não misture os temas, uma coisa é defender a vida, lutar por ela, colocar todos os valores com os quais você e eu crescemos e acreditamos: a benção da vida. Outra coisa é achar que a morte de mulheres pobres, ao optarem pelo aborto, não merecem atenção do Estado (isso tem de ser encarado, ficar na base do replica replica sem sair do canto, é crime contra a vida da mesma forma), essas mulheres vão continuar matando e morrendo, o Estado tem que se posicionar e tomar ações.
Não é ser contra a vida, querer que exista uma rede de atenção para conscientizar pela vida, educar para que o aborto não aconteça e apresentar os meios preventivos antes da gravidez indesejada. Foi a partir dessa diretriz que o inescrupuloso Serra distorceu o tema e incutiu a discussão acalorada e fora de hora sobre o aborto, querendo figurar de paladino da vida e satanizando sua opositora.
Encarar os fatos na ótica de Serra, da UDN golpista da elite paulista, é torcer para que as filhas do que tem R$, cometam aborto em clinicas com assistência médica especializada, e condenem as inúmeras mulheres das classes menos favorecidas a um destino insólito: morrerem a míngua, sendo taxadas de criminosas, matando uma vida que não estava planejada, e, ainda morrendo por omissão do Estado. Isso não é ser a favor da vida de forma alguma!
E ai, você atende a mulher pobre ou deixa morrer, já que ela é criminosa e não merece continuar viva?
Você conhece sobre a benção de ser pai, também sei como é. Não da pra descrever com palavras esse sentimento de ouvir o coraçãozinho bater no ventre materno..
O que você talvez não conheça é ver a aflição de uma moça humilde, com medo da família evangélica, querendo não continuar uma gravidez escondida, surgida do aproveitamento de um playboy irresponsável, matando seu ventre e quase morrendo.. ficou com seqüelas irreparáveis.
Isso eu conheço. Também não dá pra descrever com palavras. O Estado foi omisso. Serra será omisso. E esse o tipo de destino que as mulheres do povo estão fadadas a carregar, e é por isso que eu acredito que o tema tem de ser discutido e deixar de ser avacalhado e se transformar em questão de saúde pública e figurar entre os temas de assistência social, para que a questão, de fato, seja a favor da vida.
Não vamos permitir que os fatos sejam mascarados com falso puritanismo, quando o aborto com assistência é tema para comum para as mulheres que po$$uem, e a morte lambe os beiços para as mulheres do povo quando passa pela suas cabeças a idéia de matar a vida: a morte ganha duas vidas!
Agora falta só você publicar a matéria sobre o provável caso homossexual de Dilma, veja aqui e publique (http://josiasdesouza.folha.blog.uol.com.br/arch2010-10-01_2010-10-31.html#2010_10-11_07_31_19-10045644-0), só falta isso.
Tiago Canuto