O nosso amigo e blogueiro Anaximandro Eudson levantou no seu blog a questão da aluna que foi expulsa da uma universidade em São Paulo, por conta dos trajes que usava. Todo mundo só fala disso...então vamos falar também!

Pra começar, algumas perguntas merecem respostas: Quem errou? a universidade, a aluna, ou os outros alunos? Na minha opinião os três erraram.

Quando eu ainda estava na universidade, sempre tinhamos esse tipo de debate acerca da vestimenta. Muitos defendiam que universidade é um local onde a moral tinha que ser respeitada ao máximo, e que certos trajes não "combinavam" com o ambiente acadêmico. Já outros não, achavam que era um lugar qualquer. Eu, particularmente, nunca fui seguidor ao extremo de nenhuma das "correntes". Achava que realmente a universidade era um lugar especial, e mensurava o tamanho da sua importância para as nossas vidas, na aprendizagem do ensino secular. Porém, nunca fui a favor de se exigir uma "vestimenta padrão". Também sempre achava estranho quando via alguns colegas que iam pra aula de bermuda, havaianas e camisa regata. Sempre achei que as pessoas deveria usar o bom senso.

Eu acho tirar o foco do erro da aluna pra acusar a faculdade, ou vice-versa, é hipocrisia. Ou será que acusá-la de faltar com a ética e a moral e achar que o uso de drogas é absolutamente normal não é hipocrisia? Que tipo de moral os defensores dos bons costumes querem defender? A quem eles pretendem enganar? Você pode não gostar do jeito que uma pessoa se veste, ou dos trejeitos dela. Mas não precisa humilhá-la por isso. Ou será que achando uma "culpada" estaria resolvido o problema? Ou será que a intenção dessa estudante não era simplesmente aparecer, se mostrar?

O que se espera de uma universidade é que ela tenha condições de formar cidadãos. Nesse caso, é bastante preocupante a postura da universidade, que pode indicar que ela não está preocupada com essa formação integral, ou não expôs claramente suas regras de conduta dentro do campus.

O pior é que vão surgir agora os defensores das mulheres (não que as mulheres não precisem, mas são os mesmos que defendem o aborto) para aumentar mais ainda o nível de hipocrisia.