Essa eu trago do blog de Carlos Santos
Como todo gênio, o cantor-compositor Caetano Veloso é polêmico. As recentes críticas à incultura do presidente Lula acrescentaram mais burburinho ao seu currículo.
Em entrevista hoje ao jornal "O Globo", ele fala sobre essa celeuma, focando uma realidade contemporânea, que é a imposição de incenso ao presidente, numa espécie de "ditadura do elogio".
Veja um pouco do pensamento de Caetano:
- Os elogios que recebo, em geral, são bastante envergonhados. Eu acho ruim, no Brasil hoje, ninguém poder dizer nenhuma palavra que pareça ser antipática, crítica ou hostil a Lula. Por que não pode? É muito ruim, isso.
Isso é um projeto que aconteceu na União Soviética, com Stálin, na China, com Mao Tsé-Tung, acontece ainda em Cuba, com Fidel. Não se pode dizer, só se pode adular o líder. Isso para mim é o que há de pior.
Nesse ponto, eu nem me incomodo de o jornal ter distorcido o que eu disse, botando, na primeira página, como se eu tivesse querido agredir o Lula e compará-lo com Marina.
Eu estava comparando Marina com Lula e com Obama. Como Lula, ela é de origem humilde etc; como Obama - e diferentemente de Lula -, ela escreve bem, fala bem. Lula, de fato, usa metáforas cafonas, linguagem grosseira e erra a gramática do português, a norma culta. Todo mundo sabe que é assim.
Os linguistas aplaudem, o povo acha bom, eu também acho bom, eu votei em Lula chorando, para se eleger - não para se reeleger. Eu chorei dentro da cabine. Chorei de emoção.
Pode ser que eu chore quando vir esse filme, porque eu chorei vendo "2 filhos de Francisco" e possivelmente chorarei vendo "Lula, o filho do Brasil". Mas talvez não chore tanto quanto chorei no dia em que votei em Lula para presidente.
Em entrevista hoje ao jornal "O Globo", ele fala sobre essa celeuma, focando uma realidade contemporânea, que é a imposição de incenso ao presidente, numa espécie de "ditadura do elogio".
Veja um pouco do pensamento de Caetano:
- Os elogios que recebo, em geral, são bastante envergonhados. Eu acho ruim, no Brasil hoje, ninguém poder dizer nenhuma palavra que pareça ser antipática, crítica ou hostil a Lula. Por que não pode? É muito ruim, isso.
Isso é um projeto que aconteceu na União Soviética, com Stálin, na China, com Mao Tsé-Tung, acontece ainda em Cuba, com Fidel. Não se pode dizer, só se pode adular o líder. Isso para mim é o que há de pior.
Nesse ponto, eu nem me incomodo de o jornal ter distorcido o que eu disse, botando, na primeira página, como se eu tivesse querido agredir o Lula e compará-lo com Marina.
Eu estava comparando Marina com Lula e com Obama. Como Lula, ela é de origem humilde etc; como Obama - e diferentemente de Lula -, ela escreve bem, fala bem. Lula, de fato, usa metáforas cafonas, linguagem grosseira e erra a gramática do português, a norma culta. Todo mundo sabe que é assim.
Os linguistas aplaudem, o povo acha bom, eu também acho bom, eu votei em Lula chorando, para se eleger - não para se reeleger. Eu chorei dentro da cabine. Chorei de emoção.
Pode ser que eu chore quando vir esse filme, porque eu chorei vendo "2 filhos de Francisco" e possivelmente chorarei vendo "Lula, o filho do Brasil". Mas talvez não chore tanto quanto chorei no dia em que votei em Lula para presidente.
Opinião de Carlos - Como a militante de esquerda Rosa Luxemburgo afirmava, "A liberdade apenas para os partidários do governo, apenas para os membros do partido, por muitos que sejam, não é liberdade. A liberdade é sempre a liberdade para o que pensa diferente".
Lula é o maior fenômeno político brasileiro de todos os tempos, mas não pode estar imune às críticas e denúncias. Não pode pairar acima do bem e do mal.
Há uma atmosfera fascista, que estigmatiza todo e qualquer mortal que discorda do presidente e seu governo.
Ao mesmo tempo, não tenho dúvidas, que muito da antipatia a Lula decorre de um inconsciente preconceituoso, herança multissecular de uma sociedade excludente e intolerante, incapaz de conviver com o sucesso alheio. Principalmente quando deriva de alguém com origem nordestina paupérrima.
Lula é o filho de um Brasil miscigenado, que teima em transplantar modelos, quando deveria se aperfeiçoar como nação, civilização com características próprias e capaz.
Lula é o maior fenômeno político brasileiro de todos os tempos, mas não pode estar imune às críticas e denúncias. Não pode pairar acima do bem e do mal.
Há uma atmosfera fascista, que estigmatiza todo e qualquer mortal que discorda do presidente e seu governo.
Ao mesmo tempo, não tenho dúvidas, que muito da antipatia a Lula decorre de um inconsciente preconceituoso, herança multissecular de uma sociedade excludente e intolerante, incapaz de conviver com o sucesso alheio. Principalmente quando deriva de alguém com origem nordestina paupérrima.
Lula é o filho de um Brasil miscigenado, que teima em transplantar modelos, quando deveria se aperfeiçoar como nação, civilização com características próprias e capaz.
NOTA DO BLOG: Vou perguntar a Carlos aonde eu assino!!!
eu assino aqui.
Eu soube que a mãe de Caetano, d. Canô, pediu que ele se retratasse com o presidente.
Como é difícil para a elite intelectual 'engolir' um presidente operário!
2014 VEM AÍ, AGUARDEM...
assino tbm!
Eu acho que o problema mora na falta de moral daqueles que criticam Lula. Essa gente que o critica passou 502 anos no poder do Brasil e não fez aquilo que exigem de Lula, em apenas 7 anos de governo.
É isso que pega contra eles(as). Quem tem autoridade para tal, pode criticar Lula de boca cheia e não vai ser importunado.